A
Câmara de Vereadores deu início na noite desta segunda-feira (19)
as discussões em torno da situação do transporte coletivo de
Rondonópolis, em audiência pública, que contou com a presença de
vereadores, representantes do município e da comunidade. O foco do
debate foi a fato da empresa que presta serviço está sem contrato
há quatro anos e a necessidade de uma nova licitação, que será
realizada ainda em 2018.
O
secretário de Trânsito do município, Rodrigo Metelo, esclareceu
que no edital para a contratação da nova empresa de transporte
coletivo da cidade, não haverá cobrança para que se tenha 100% dos
veículos com ar-condicionado, como foi no ano de 2015, quando a
licitação deu deserta. Ele explicou que no início haverá 20% dos
veículos com ar-condicionado e depois no decorrer do contrato esse
número aumentará gradativamente, de acordo com o volume de
passageiros transportados por quilômetro rodado. O edital ainda
prevê que a empresa não será obrigada a construir um terminal de
passageiros.
Por
outro lado, a empresa vencedora será obrigada a contar com 80 ônibus
com acessibilidade total para passageiros e ainda está previsto um
aplicativo com atualização das linhas e horários. Ele destacou que
o valor da outorga será de 0,01% e não 1,5% como estava previsto
anteriormente. Ele ainda lembrou que há também a previsão de
ônibus articulados.
Metelo
ainda lembrou que o problema do transporte coletivo é nacional.
“Fomos até Curitiba, que é exemplo, para o Brasil e vimos que lá
a situação também é complicada”, disse.
O
presidente da Câmara de Vereadores, Rodrigo da Zaeli (PSDB) ,
destacou a preocupação com o equilíbrio financeiro da empresa que
for administrar o transporte coletivo de Rondonópolis. “O edital
tem que no mínimo ser atrativo para quem vem competir e evitar que a
licitação dar deserta”, disse o vereador.
O
vereador Cláudio da Farmácia (PSDB) esclareceu que os vereadores
estão fazendo o papel deles de ouvir a população e externar
publicamente as propostas para o setor. Bilu do Depósito de Areia
(PRTB) e Vilmar Pimentel (SD) defenderam estudos aprofundados sobre o
edital que está sendo apresentado.
O
secretário de administração do município, Leandro Arduini,
pontuou que existe a disposição do Poder Público em atender aos
pedidos da Câmara. “Podemos melhorar sim, o nosso edital”,
disse.
O
vereador Orestes Miraglia (SD) destacou que a situação do
transporte coletivo em Rondonópolis é preocupante e o momento é de
buscar melhorias. “Do jeito que está não dá mais para tolerar”.
O
peemedebista Thiago Silva lembrou que as reclamações são muitas e
que não há respeito ao cidadão. Fábio Cardozo, vereador do PPS,
explicou que como não há contrato em vigor, as cobranças com
relação à empresa que presta o serviço são menores. Ele ainda
declarou que o transporte coletivo é a última alternativa do
cidadão em termos de locomoção pela cidade.
Batista
da Coder (SD) classificou como transtorno para as pessoas que usam o
transporte coletivo para chegar aos bairros.
O
líder comunitário Almir Araújo aproveitou a reunião para lembrar
também a necessidade de implantação de um Plano de Mobilidade
Urbana, o que facilitaria uma melhor atuação do transporte
coletivo.
O
vereador Adonias Fernandes (PMDB) lembrou que essa é a oportunidade
de mudar a situação. “Temos a chance de fazer tudo isso”,
disse.
Jailton
do Pesque Pague (PSDB) lembrou que está estudando fazer novas
emendas no edital. “Temos que pensar no equilíbrio da empresa e
nos benefícios ao usuário”, resumiu.
Silvio
Negri (PC do B) considerou que as linhas e itinerários de
Rondonópolis são longos e que isso também precisa ser levado em
consideração.
Subtenente
Guinancio (PSDB) defendeu a ideia da criação de uma empresa pública
de transporte caso, a atual licitação de deserta. “Essa é uma
proposta que pode ser apresentada também”, resumiu.